Mensagem de 25 de dezembro de 2013



Queridos filhos! Eu trago a vocês o Rei da Paz para que Ele lhes dê a Sua paz. Vocês filhinhos, rezem, rezem, rezem. O fruto da oração será visível nos rostos das pessoas que se decidiram por Deus e pelo seu Reino. Eu com meu filho Jesus, abençoo todos vocês com a benção de paz. Obrigada por terem atendido ao meu chamado.


Comentário da Mensagem

Eu trago-vos o Rei da Paz para que Ele vos dê a Sua paz. Eu, com o Meu Filho Jesus, abençoo-vos a todos com a bênção da paz.

 

«Não conseguimos encontrar a Deus no barulho, na agitação. […] No silêncio, Deus escuta-nos; no silêncio, fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de ouvir a sua voz: Silêncio dos nossos olhos. Silêncio dos nossos ouvidos. Silêncio da nossa boca. Silêncio do nosso espírito. No silêncio do coração, Deus falará». Oh, como é sábio este ensinamento da Beata Madre Teresa de Calcutá!

 

Como teria sido vantajoso tê-lo presente nesta quadra do Natal… Porém, o recorrente em cada Natal é a falta daquele silêncio que permite contemplar o Mistério. A preparação das celebrações natalícias que se querem vistosas, a atenção a uma e outra pessoa que vem para nos dar um presente, o acolhimento a mais um penitente que quer confessar-se fora do horário, a presença junto da nossa própria família que não dispensa a presença do filho, do irmão, do tio padre, já que não pode ser no dia, ao menos nas proximidades do dia… são ruídos – ainda que “santos” e necessários – a quebrar o silêncio e o recolhimento desejáveis. Esta “confissão” serve também para justificar o atraso com que publico o comentário à mensagem dada no próprio Dia de Natal.

 

Mesmo tendo sido apressada aprimeira leitura que fiz da mensagem, trouxe-me logo à memória uma sugestão de Bento XVI que me ficou e me serve em cada ano na contemplação do Presépio… Coloco-me em frente da Gruta onde a Virgem Maria deu à luz Jesus, e peço-Lhe a bênção; e Ela imediatamente me abençoa mostrando-me o Menino que é a própria Bênção em pessoa. Israel esperava de Deus uma bênção, um shalom bem concreto. Na plenitude dos tempos todas as expectativas são superadas: Deus enviou-nos o próprio Filho! «Deus suscitou o Seu Servo e O enviou para vos abençoar» (Act 3, 26). Nele as maldições se transformaram em bênçãos (cf. Gal 3, 8-14).

 

Dizia o Papa Emérito no Angelus do primeiro Dia do Ano de 2011: «Doando-nos Jesus, Deus ofereceu-nos tudo: o Seu amor, a Sua vida, a luz da verdade, o perdão dos pecados; ofereceu-nos a paz. Sim, Jesus é a nossa paz (cf. Ef 2,14). Ele trouxe ao mundo a semente do amor e da paz, mais forte do que a semente do ódio e da violência; mais forte porque o Nome de Jesus é superior a qualquer outro nome, contém todo o senhorio de Deus».

 

A Mãe abençoa-nos dando-nos o Filho e a bênção do Filho é a sua entrega por nós! E nós que fazemos? Assim de repente, respondemos abençoando Deus… «Bendito seja Deus o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos altos céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo» (Ef 1,3). A bênção que dirigimos a Deus é o sinal da consciência que temos de que todos os bens nos vêm por Cristo.

 

Obrigada por terdes respondido ao meu chamamento.

 

Respondemos mesmo? Se Cristo nos resgatou da maldição da Lei, feito maldição por nós, isto é, sendo suspenso do madeiro; se em Cristo todas as maldições se transformaram em bênçãos, então a resposta que damos ao chamamento da Mãe só pode ser uma: tornarmo-nos uma bênção para todos, mesmo para os que teimam em querer-nos mal. Isto nos recomenda São Pedro: «Não pagueis o mal com o mal, nem a injúria com a injúria; pelo contrário, respondei com palavras de bênção, pois a isto fostes chamados: a herdar uma bênção» (1 Pd 3,9).

 

Vós, filhinhos, rezai, rezai, rezai.

 

Pode tratar-se de um superlativo: rezai muitíssimo! «Estai sempre alegres; orai sem cessar; em todas as circunstâncias dai graças, porque é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus» (1 Tes 5, 17-18). É assim que a Mãe gosta de ver os filhos: na plenitude do Espírito! Sempre alegres, procurando que todas as coisas que fazemos ou recebemos se destinem ao bem de todos, dando graças a Deus porque tudo d’Ele provém e orando, louvando e salmodiando ao Senhor pelo que Ele é e pelo que Ele tem feito nas nossas vidas. Numa das suas recentes homilias na missa matutina que celebra na igreja da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco dizia: «Quem reza não teme “incomodar” a Deus e nutre uma confiança cega no seu amor de Pai».

 

Mas repetir por três vezes o verbo: rezai, rezai, rezai, pode ser também o apelo a uma oração dirigida a cada uma das Pessoas divinas. O Padre Dário Pedroso, sacerdote Jesuíta e mestre na vida espiritual, num livro que publicou intitulado “Vida em Oração”, diz como se faz: «Começa por orar ao Pai, por Lhe dizer que acreditas que está presente. […] Depois, à medida que a alma sentir necessidade disso, e o Espírito for encaminhando e sugerindo, fazer o mesmo género de oração de fé à presença de Jesus Cristo. […] Finalmente, fazer a mesma prece ao Espírito Santo, o Paráclito Divino que nos invade e penetra».  

 

O fruto da oração ver-se-á no rosto das pessoas que se decidiram por Deus e pelo Seu Reino.

 

O Papa Francisco foi eleito a figura do ano de 2013 pela “Time”. Destacando a "humildade" e a "compaixão" do Papa Francisco, a revista americana considera que «raramente um novo actor da cena mundial captou tanto e tão rapidamente a atenção dos mais novos e dos mais velhos, dos crentes e dos cépticos. […] Nos tempos que correm em que as lideranças são postas à prova,eis que surge um homem sem exército nem armas, sem reino para além de um estreito punhado de terra no meio de Roma, e vence o desafio», destaca a editora executiva da Revista.

 

Aqueles que o elegeram não saberão o segredo, mas nós conhecemo-lo: o Papa reza! Na entrevista exclusiva dada ao Padre Antonio Spadaro, SJ, destinada às revistas dos Jesuítas editadas em todo o mundo, o Papa Francisco respondeu assim a uma última pergunta sobre a sua vida de oração: «Rezo o Ofício todas as manhãs. Gosto de rezar com os salmos. Depois, a seguir, celebro a Missa. Rezo o Rosário. O que verdadeiramente prefiro é a Adoração vespertina, mesmo quando me distraio e penso noutra coisa ou mesmo quando adormeço rezando. Assim, à tarde, entre as sete e as oito, estou diante do Santíssimo durante uma hora, em adoração. Mas também rezo mentalmente quando espero no dentista ou noutros momentos do dia».

 

Termino este comentário com a interpelação que o Santo Padre nos deixou na homilia que proferiu nas Vésperas do último do Ano: «Enquanto o ano 2013 chega ao fim, colhemos, como numa cesta, os dias, as semanas, os meses que vivemos para oferecer tudo ao Senhor. E perguntamo-nos: como vivemos o tempo que Ele nos deu? Utilizámo-lo, sobretudo, em nosso proveito, para a satisfação de nós mesmos e dos nossos interesses, ou soubemos empregá-lo ao serviço dos outros? E Deus? De quanto tempo dispusemos para "estar com ele", na oração, no silêncio? ...

 

Dirijamos a Nossa Senhora, em cada dia do Novo Ano, o nosso olhar, peçamos-lhe que nos abençoe para podermos ser uma bênção. E, se rezarmos muito, muito, muito, terminaremos o Ano mais novos e bonitos. O fruto da oração irradiará no nosso rosto!

 

Cónego Armando Duarte

Lisboa, Epifania de 2014


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