Frei Marino Kuzminski é um franciscano pertencente à Província Franciscana Croata dos Santos Cirilo e Metódio, e atualmente exerce o cargo de vigário paroquial na paróquia da Santíssima Trindade em Karlovac. Sua primeira visita a Medjugorje foi em 1988 e, embora tivesse apenas oito anos de idade, lembra muito bem da sua primeira peregrinação. Um dos motivos é que a guia desta peregrinação foi a sua mãe, ela morreria alguns anos depois. Após completar seus estudos em economia, participando das reuniões da Juventude Franciscana, ele percebeu que poderia fazer mais com a sua vida. Há cinco anos, Frei Marino, foi ordenado sacerdote.
"Lembro-me muito bem da minha primeira vinda aqui. Eu tinha vindo em uma peregrinação com a minha paróquia de Koprivnice, e eu era o peregrino mais jovem do grupo.Foi uma experiência muito bela! Nós tínhamos decidido vir por sermos católicos. Fui educado na fé e desde criança sei o que significa o sofrimento. Quando eu era criança, minha mãe ficou doente, com uma doença grave e, portanto, teve de passar por várias operações. Ela sentiu que tinha de vir e orar em Medjugorje. Para minha família era uma peregrinação de intercessão, uma vez que, mesmo os médicos querendo ajuda-la eles foram incapazes de chegar a um diagnóstico preciso da doença.
Ela se queixava sempre de não se sentir bem, os médicos, no entanto, tinham uma opinião diferente. Ela então decidiu vir a Medjugorje para pedir a intercessão da Mãe de Deus, para pedir que a ajudasse. Sou grato a Deus por esta peregrinação que realmente deu seus frutos: não muito tempo depois de nossa volta para casa, a minha mãe conheceu um médico, que veio comprar nozes de uma nossa vizinha. E foi ela que contou a ele sobre a minha mãe e o fato de que os médicos não sabiam que doença sofresse. Ele pediu a minha mãe para trazer os exames e, notou que ela tinha um grave problema cardíaco, disse que tinha que ser hospitalizada. Voltei do hospital e me tranquei no meu quarto para orar e chorar.
Aquela operação foi bem sucedida, mas cinco anos mais tarde, ou seja, em 1996, minha mãe faleceu. Naquele momento eu pensei que Deus não existia, que Ele não tinha escutado as minhas orações. Na verdade, eu estava bravo com Ele e, por um tempo, parei de praticar a fé. Mais tarde, porém, ao arrumar a casa, encontrei o diário da minha mãe, onde ela escreveu suas memórias e seus poemas. Eu li um texto no qual ela dizia que, depois de acordar da cirurgia, não se lembrava de nada, nem de ter um marido ou de ter filhos, isto lhe fez tão mal, que ela preferiria ter morrido, Mas, de repente ela viu uma luz, e descreve que de fato neste momento havia visto Nossa Senhora. Em seguida voltou-lhe a vontade de viver e decidiu lutar. Lendo esse texto, eu percebi que não tinha considerado o fato de que minha mãe poderia ter morrido naquele momento, mas Deus nos tinha dado mais cinco anos para viver com ela, e justamente no momento que era mais necessário tanto para mim e quanto para a minha irmã. Eu acredito que Deus faz milagres, especialmente por intercessão de sua Mãe. Frei Marino continuou: "Por um tempo eu não pude vir a Medjugorje. Voltei em 2004. Foi uma experiência diferente ver Medjugorje depois de tantos anos, mas o espírito de Medjugorje continua o mesmo. Quando venho em Medjugorje, eu tento me concentrar na dimensão espiritual. O mais importante para mim, quando eu venho aqui, é ir rezar o Rosário na Colina das Aparições. Ali fico em silêncio. Eu também gosto de subir o Monte Križevac."