Mensagem de 25 de março de 2013



“Queridos Filhos, neste tempo de graça, convido vocês a tomarem em suas mãos a cruz de meu amado Filho Jesus e a meditarem na Sua Paixão e Morte. Que os seus sofrimentos estejam unidos ao Seu sofrimento, e o amor vencerá, pois Ele que é amor, entregou-se a si mesmo por amor, para salvar cada um de vocês. Rezem, rezem, rezem até que o amor e a paz reinem em seus corações. Obrigada por terem atendido ao meu chamado.”


Comentário da Mensagem


Meditação da Mensagem do dia 25 de Março de 2013


Queridos filhos. Neste tempo de graça, convido-vos a tomar nas vossas mãos a cruz do meu amado Filho Jesus e a meditar na Sua Paixão e na Sua Morte. Que os vossos sofrimentos estejam unidos ao Seu sofrimento e, assim, o amor vencerá: porque Ele, que é o Amor, deu-se a si próprio por amor para salvar cada um de vós. Rezai, rezai, rezai, até que o amor e a paz reinem no vosso coração. Obrigada por terdes respondido ao meu apelo.

 

«Convido-vos a tomar nas vossas mãos a cruz do meu amado Filho Jesus e a meditar na Sua Paixão e na Sua Morte» é o convite que Maria Santíssima, a Senhora das Dores e da Piedade, nos dirige no início deste «tempo de graça», a Semana Santa. Pede-nos isso Aquela que seguiu com fé o Seu Filho até ao Calvário, comungando das dores do Filho. São Bernardo quase se atreve a dizer que as dores da Mãe foram mais intensas do que as do Filho…:«Depois que Aquele Jesus – que é de todos, mas especialmente vosso – expirou, a cruel lança que Lhe abriu o lado, sem respeitar sequer um morto a quem já não podia causar dor alguma, não feriu a Sua alma mas atravessou a vossa. (…) Proclamamo-Vos mais do que mártir, porque os vossos sentimentos de compaixão superaram os sofrimentos corporais do martírio».


Recordemos um pequeno excerto da vibrante homília do Papa Francisco no Domingo de Ramos: «(…) Jesus entra na Cidade Santa para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de troça); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. O Seu trono real é o madeiro da Cruz! Porquê a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, o que não presta, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o Seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Na Cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o ressuscitando! Este é o bem que Jesus realiza por todos nós sobre o trono da Cruz».


Precisamente no Domingo de Ramos, ouvimos proclamar o «coração do Evangelho, a Paixão de Cristo, este ano segundo São Lucas: «Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a Cruz às costas, para a levar atrás de Jesus» (Lc 23,26). Todos os sinópticos falam da requisição de Simão de Cirene para levar a Cruz de Jesus (cf. Mt 27,32; Mc 15,21); no entanto, só Lucas refere que Simão transporta a Cruz «atrás de Jesus». Este dado serve a Lucas para apresentar o modelo do discípulo: é aquele que toma a Cruz de Jesus e O segue no Seu caminho de entrega e de dom da vida («se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-Me» – Lc 9,23).
O Santo Padre, na missa que celebrou no dia a seguir à sua eleição, referia naquele seu jeito peculiar, o caso de Pedro… Confessou, sim senhor, que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. Segui-l’O-ia, mas com uma condição: não falemos de cruz! E acrescenta, o Papa: «Quando caminhamos sem a Cruz, quando edificamos sem a Cruz e quando confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos Bispos, Padres, Cardeais, Papas, mas não discípulos do Senhor».


A Cruz, a outra face do amor… A Cruz, é feita de sofrimento, solidão, incompreensão, abandono, ingratidão, humilhação, rejeição… mas, sobretudo, manifesta o amor de Deus por nós, homens e mulheres, miseráveis pecadores. Não basta sofrer para se poder afirmar que seguimos a Cristo levando a cruz. É necessário carregá-la ao Seu jeito, isto é, sofrer na dimensão do dom e da plenitude. A cruz do cristão, como a do Mestre, não revela apenas a sua identidade: explica o sentido da sua vida. Vale pouco a cruz pela cruz, o sofrimento pelo sofrimento. A cruz tem de ser o sinal de uma vida entregue por amor. Viver assim, na entrega, no serviço, renegando a própria vida, pode conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus nos ama, é viver uma vida que leva de vencida a morte. O amor gera vida nova que nos faz experimentar, desde já, mesmo carregando uma cruz pesada, os dinamismos da Ressurreição. Afinal, o Crucificado não é o Ressuscitado?


«Que os vossos sofrimentos estejam unidos ao Seu sofrimento (de Cristo a caminho do Calvário) e, assim, o amor vencerá», é garantia dada por Nossa Senhora nesta mensagem que nos ajudará a viver a Semana Santa e os dias intensos do Tríduo Pascal. A Mãe quer que a Páscoa de Cristo seja a Páscoa de cada um dos seus filhos!


Padre Armando Duarte


26/03/2013


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