Mensagem de 25 de agosto de 2014



“Queridos filhos, rezem pelas minhas intenções, pois Satanás deseja destruir o meu plano que tenho aqui e roubar-lhes a paz. Por isso, filhinhos, rezem, rezem, rezem para que Deus possa atuar através de cada um de vocês. Que os seus corações estejam abertos à vontade de Deus. Eu os amo e os abençoo com minha benção maternal. Obrigada por terem atendido ao meu chamado.”




Comentário da Mensagem

“Há males que vêm por bem”… A chegada da mensagem da Santíssima Virgem, Rainha da Paz, coincide sempre com muitos outros afazeres pastorais e administrativos nas Paróquias que me estão confiadas – as Paróquias de Nossa Senhora dos Mártires e do Santíssimo Sacramento, bem no centro histórico de Lisboa – o que geralmente atrasa a meditação que me é pedida. Desta vez, esse atraso, permitiu-me o acesso à meditação do Padre Francisco Ángel Verar Hernández, um dos teólogos que melhor conhece Medjugorje, aonde esteve pela primeira vez em 1986. E também ao comentário, podemos assim considerá-lo, feito por Maria Pavlovic que, logo a seguir à aparição do passado dia 25 de Agosto, foi entrevistada pelo Padre Livio, Director da Rádio Maria da Itália. E, mais impressionante ainda: na Catequese feita na Audiência Geral do dia 27 de Agosto, o Papa Francisco – por casualidade, certamente – aborda o assunto que constitui o núcleo da última mensagem da Rainha da Paz. Ou seja: a meditação que vos proponho é quase a compilação do que foi dito pelo Papa Francisco, pelo Padre Francisco Ángel e pela vidente Maria Pavlovic.

 

Rezem pelas minhas intenções porque Satanás quer destruir o meu plano que tenho aqui, e roubar-lhes a paz. […] Rezem, rezem, rezem!

 

«A que plano se refere a Virgem?», pergunta o Padre Francisco Ángel, para logo responder: «A esse especial plano de paz que Deus Pai colocou em Suas mãos para  este tempo que vivemos, agora ameaçado por Satanás, que sempre quer a guerra. Lembremo-nos que em 1991, por ocasião das Guerras do Golfo Pérsico e dos Balcãs, a Virgem usou palavras muito parecidas às que utilizou na mensagem deste mês: “Queridos filhos. Hoje, como nunca antes o fiz, vos convido à oração. Que a vossa oração seja oração pela paz. Satanás é forte e deseja destruir, tanto a vida humana, como a natureza e o planeta em que vivem […] ” (25/01/91). “Queridos filhos. Também hoje vos convido à oração. Agora, como nunca antes, o meu plano começa a realizar-se. Satanás é forte e quer destruir os meus planos de felicidade e de paz, e levar-vos a pensar que meu Filho não é firme nas Suas decisões. Por isso, convido-vos a todos, queridos filhos, a orar e a jejuar mais ainda. Convido-vos também a que façais uma renúncia durante nove dias, a fim de que com a vossa ajuda, tudo o que Eu queria que se realizasse conforme os segredos de Fátima, possa cumprir-se […] (25/08/91). “Queridos filhos. Hoje, de uma forma especial, vos convido à oração e à penitência, porque agora, como nunca antes, Satanás quer mostrar ao mundo o seu rosto ignominioso para assim seduzir a maior quantidade possível de pessoas e levá-las pelo caminho da morte e do pecado. Por isso, queridos filhos, ajudem o meu Imaculado Coração a triunfar neste mundo tão pecador […]” (25/09/91).

 

É pois, bem provável, que actualmente nos encontremos numa situação semelhante àquela que conduziu às guerras dos Balcãs e do Golfo Pérsico. Recorde-se que o plano de Maria é um plano de paz que depende, em grande parte, da resposta que for dada pelos seus “queridos filhos”. […] Há que responder como a Mãe espera e rezar sempre».

 

Que disse a vidente Maria na entrevista que concedeu ao Padre Livio, difundida pela Radio Maria?

 

P. Livio: Por esta mensagem, percebe-se que a Virgem está muito preocupada com a paz no mundo…

 

Maria: Sim, a Virgem pede que oremos pelas suas intenções porque Satanás quer destruir não apenas o projecto de Deus, mas também a paz, quer roubar a paz a cada um de nós. Satanás quer destruir, enquanto a Virgem quer construir, quer dar-nos a paz por meio de seu Filho que é a verdadeira paz.

 

P. Livio: Na tua opinião, a Virgem refere-se à paz nos nossos corações, à paz nas famílias, ou também, tendo em conta tantos conflitos, à paz no mundo?

 

Maria: A Virgem não nos quer assustar, mas Ela sabe bem que Satanás quer destruir-nos a nós e ao mundo em que vivemos. Vejamos as coisas que estão a acontecer no Iraque, na Síria, na Ucrânia, em África e em outras partes do mundo onde há guerra…

 

P. Lívio: Nos primeiros anos a Virgem pedia-vos com insistência a oração e o jejum pela paz…

 

Maria: É verdade. João Paulo II dizia: “Nunca mais a guerra!”. Porque a guerra não significa só destruição, fome, sede, divisões, ódio… A guerra é em si uma coisa diabólica […]. Devemos orar e oferecer as nossas orações, e os nossos pequenos sacrifícios, e os nossos jejuns. A Virgem disse: “com a oração e o jejum também as guerras se podem conter”. […] O jejum faz bem porque nos fortifica na fé, no carácter; para sermos aquele “sim, sim, não, não”, como Jesus quer. Creio verdadeiramente que a Virgem conta connosco e diz: peçam ao Senhor, batam à porta do Senhor com a oração, com o jejum, com as vossas renúncias, e Ele vos responderá, vos dará a paz!

 

P. Livio: Iremos pedir aos nossos radio-ouvintes desta noite que peguem no Terço e, cada um por si, em família, nas suas paróquias, iniciem uma cruzada pela paz.

 

Maria: Sim, confiemos n’Ela. Que por mediação do seu Imaculado Coração nos alcance de Jesus o dom da paz.

 

O Papa Francisco, dois dias depois da mensagem da Rainha da Paz ser conhecida, a 27 de Agosto, na Catequese durante a Audiência Geral, falou de como se manifestam as investidas de Satanás contra a Igreja: «Como é belo saber que o Senhor, pouco antes de morrer, não Se preocupou consigo, mas pensou em nós! E no Seu diálogo com o Pai, rezou justamente para que pudéssemos ser uma só coisa com Ele e entre nós. […] A experiência, porém, diz-nos que são tantos os pecados contra a unidade! Não pensemos só nos cismas, pensemos em faltas muito comuns nas nossas comunidades, em pecados “paroquiais”… Às vezes, as nossas paróquias, chamadas a serem lugares de partilha e de comunhão, são tristemente marcadas por invejas, ciúmes, antipatia… E as fofocas são acessíveis a todos. Quanto se fofoca nas paróquias! Isto não é bom. Por exemplo, quando alguém é eleito presidente daquela associação, fofoca-se dele. E se aquela é eleita presidente da catequese, as outras fofocam dela. Isto não é ser Igreja. Não se deve fazer isto, não devemos fazê-lo! É preciso pedir ao Senhor a graça de não o fazer. […] Numa comunidade cristã, a divisão é um dos pecados mais graves, porque a torna sinal não da obra de Deus, mas da obra do diabo, que é por definição aquele que separa, que arruína as relações, que insinua preconceitos… A divisão numa comunidade cristã, seja uma escola, uma paróquia ou uma associação, é um pecado gravíssimo, porque é obra do diabo. Queridos amigos, […] peçamos sinceramente perdão por todas as vezes que fomos ocasião de divisão ou de incompreensão dentro das nossas comunidades, bem sabendo que não se chega à comunhão se não através de uma contínua conversão. O que é a conversão? É pedir ao Senhor a graça de não falar mal, de não criticar, de não fofocar, de querer bem a todos. É uma graça que o Senhor nos dá. Isto é converter o coração».

 

Nossa Senhora ama-nos e conta connosco. Por isso nos previne da investida de Satanás e pede que colaboremos com Ela, porque tem em Suas mãos um plano de paz que está a ser atacado em todos os flancos: No nosso coração, nas nossas famílias, na Igreja e no mundo, pelo alastrar da guerra.

 

A grande jogada do demónio – e com grande sucesso, reconheçamo-lo – foi fazer crer aos homens de que não existia! E muitos acreditaram, deixando-o trabalhar à vontade na prossecução do seu plano de destruição.Para além desta mentira medonha, aterradora e perigosíssima, o diabo faz crer à humanidade de que tudo vai bem, convencendo-nos de que os problemas do nosso tempo são os de sempre, mas que a ciência e a técnica tudo hão-de remediar e solucionar.

 

Quantos escutaram o grito do Papa Paulo VI no dia 29 de Junho de 1972, na homilia da solenidade do Martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo? O sucessor de Pedro, que assumira o nome de Paulo, falou do inimigo de Deus por antonomásia, Satanás. «Através de algumas fissuras», denunciou Paulo VI, «a fumaça de Satanás entrou na Igreja. Minorias organizadas, ao serviço de Satanás, trabalhavam no sentido de comprometer o Primado de Pedro, rejeitar a Virgem Maria como Mãe de Cristo e da Igreja, negar a existência dos Santos e, pior ainda, negar a existência do diabo.

 

Frontal como é seu hábito, na meditação matutina que fez durante a santa Missa, no passado dia 11 de Abril, o Papa Francisco dizia: «O demónio existe também no século XXI e nós devemos aprender do Evangelho como lutar contra ele para não cair na armadilha». Não devemos ser “ingénuos”. É necessário conhecer aa estratégias das suas tentações que, no dizer do Santo Padre, obedecem sempre a “três items”: começam devagar, aumentam por contágio e têm sempre uma justificação plausível. O Papa Francisco preveniu-nos ainda que não devemos pensar que falar do demónio é algo “fora de moda”.

 

O Padre Francesco Bamonte, Presidente da Associação Internacional de Exorcistas, em entrevista recente dada à Rádio Vaticano, afirmou que os demónios actuam na história pessoal e comunitária dos homenstentando levá-los à escolha do mal. «Sem dúvida -  afirmou – o fundamento da pregação e do ensino do Papa Francisco é Jesus Cristo; contudo, o Papa exorta-nos a que não nos esqueçamos que os demónios existem e tudo fazem para separar os homens de Cristo. Querem que sejamos como eles: não querem que a santidade de Cristo se reflicta em nós, não querem que sejamos Suas testemunhas, não querem que sejamos discípulos de Jesus».

 

Não basta crer na existência de Satanás; não basta conhecer as suas estratégias ou reconhecer o seu poder, a sua esperteza e a sua criatividade... Para lhe fazermos frente, o Padre Francesco Bamonte, aponta as seguintes quatro armas:

 

- A Palavra de Deus: quando entra, vive e actua em nós e enche-nos da graça do Espírito Santo;

 

- O Rosário: confiarmo-nos à Virgem, a quem o demónio odeia especialmente;

 

- A terceira arma é a Confissão frequente: reconhecermo-nos pecadores, confessar com humildade os nossos pecados e pedir a Deus que nos conceda a graça de não pecar mais;

 

- A participação na santa Missa, e também a luta contínua contra os nossos vícios, contra as reminiscências do pecado original na nossa vida, para que em nós se vá moldando o homem novo, em Cristo.

 

Podemos juntar uma quinta arma, duma eficácia a toda a prova, o Jejum e a mortificação, referida por Maria Pavlovic, que bem a conhece, na entrevista à Radio Maria de Itália.

 

Os mestres de espiritualidade sempre referem este ponto: se nos apoiamos apenas nas nossas forças naturais, facilmente o diabo destrói-nos e coloca-nos ao seu serviço na destruição da paz, da concórdia familiar, da comunhão eclesial; porém, se nos unirmos a Cristo, levaremos sobre ele a melhor e tornamo-nos instrumentos de Deus e colaboradores de Maria, como a Mãe quer na realização do plano que o Pai Lhe confiou. Santa Teresa de Jesus confessa que, por viver em comunhão com Deus, não teme o demónio mais do que uma mosca ou uma formiga. O que, diga-se, parece colocar a santa de Lisieux em contradição com São Pedro, que apresenta o demónio como um leão que ruge em redor de nós, buscando a quem devorar (cf 1 P 5,8).

 

Não há contradição nenhuma, claro: o diabo ruge e, enraivecido, rodopia à nossa volta. Mas nada pode porque na oração os nossos corações se abriram à vontade de Deus, filialmente nos resguardámos sob o manto da Mãe que nos ama muitíssimo e, através da Palavra, da prática sacramental e da penitência nos enraizámos em Cristo, que o diabo bem conhece e de quem foge.

 

Acontece com o diabo o mesmo que aconteceu com o gigante Golias: visto pelo Rei Saúl que apenas confiava na força do seu exército e nas adivinhações dos cartomantes, parecia invencível; aos olhos de David, que confiava no Deus de Israel, o gigante Golias era uma formiga inofensiva.

 

Permitam-me que termine esta meditação com uma poesia – “Pax Vobis” – de Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa, cuja Festa celebrámos a 9 de Agosto.

 

«A paz seja convosco» (Lc 24,36):
É a saudação pascal do Ressuscitado: «Pax vobis»
Para trazer a paz ao mundo, Ele fez-Se homem,
E a paz foi anunciada pelos anjos nas campinas de Belém.
A paz é um abrigo seguro no seio do Pai eterno:
Tu tinhas a paz, Senhor, quando foste peregrino nesta terra,
E Tua Mãe também, visto que o Seu coração era um com o Teu.
Glorificaste Teu Pai no mais alto dos céus
Para que Ele dirigisse de novo o Seu olhar para a terra

E para que a paz adviesse também para aqueles que a não têm.
Mas isto só se cumpriu através da Tua morte.
Quando, pelo preço do Teu sangue, consumaste a obra da reconciliação
E voltaste a entregar o Teu espírito nas mãos do Pai,
Então Ele inclinou-Se sobre as Tuas chagas
E colocou-as, contigo, no Seu seio.
O rio da paz jorrou para nunca mais se deter,
O seu percurso passa pelo coração de Tua Mãe:
Ela o conduz aos homens com Suas suaves mãos.
Foste Tu, Rainha da Paz, que edificaste a nossa casa.
Para que se tornasse um local de paz.
Os corações dos Teus filhos devem tornar-se cálices
De onde transborda o orvalho celeste,
Dando fecundidade às terras áridas.

 

Cónego Armando Duarte

Lisboa, Memória de Santa Beatriz da Silva, 1 de Setembro de 2014

 


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