26/06/2015 :: Papa Francisco em Turim: Amor de Deus é estável e seguro e não diminui diante nossa infidelidade

 
 
TURIM, 22 Jun.  No marco de sua visita a Turim, o Papa Francisco presidiu ontem uma Missa multitudinária na Praça Vittorio Veneto. Durante sua homilia, destacou que o amor de Deus é seguro e não diminui, nem sequer diante das nossas infidelidades.
 
“Como é grande o amor de Deus por nós: é um amor fiel, um amor que recria tudo, um amor estável e seguro. É um amor que não delude, que nunca falta”, assegurou o Pontífice.
 
O Santo Padre também falou de “como o Senhor ama e ‘recria’, dando a possibilidade de ter uma vida nova”. Além disso, referiu-se às famílias e da necessidade de serem acolhidas dentro da Igreja.
 
“As famílias precisam sentir a carícia materna da Igreja para avançar na vida conjugal, na educação dos filhos, no cuidado dos idosos e também na transmissão da fé à geração jovem”, disse em sua homilia.
 
“Jesus encarna este amor e dele é Testemunha”, afirmou o Papa. “Cristo jamais se cansa de querer-nos bem, de suportar-nos, de perdoar-nos e, assim, nos acompanha no caminho da vida”.
 
O Pontífice sublinhou: “Por amor, Cristo se fez homem; por amor, ele morreu e ressuscitou e, por amor, ele sempre está ao nosso lado, nos momentos mais bonitos e naqueles mais difíceis. Pois Ele nos ama sempre, até o fim, sem limites e sem medida”.
 
Além disso, indicou o Santo Padre, “A fidelidade de Jesus não se rende, nem mesmo diante da nossa infidelidade. Jesus permanece fiel, mesmo quando erramos e nos espera para nos perdoar: Ele é o rosto do Pai misericordioso. Eis o amor fiel! ”
 
Durante a sua homilia, o Papa Francisco também afirmou: “Outro aspecto do amor de Deus é que recria tudo, ou seja, renova todas as coisas”.
 
“Reconhecer os próprios limites, as próprias debilidades, é a porta que abre ao perdão de Jesus, ao seu amor que nos renova desde o profundo, esse amor nos recria”. Assim, o Pontífice também mencionou que “a salvação pode entrar no coração quando nos abrimos à verdade e reconhecemos nossos erros, nossos pecados”.
 
 “Desta forma, fazemos uma bela experiência daquele que veio, não para os sãos, mas para os enfermos; não para os justos, mas para os pecadores”, assinalou o Santo Padre.
 
Francisco remarcou que “o sinal de que somos ‘renovados’ pelo amor de Deus; é que fomos despojados das vestes deterioradas e velhas dos rancores e das inimizades, para sermos revestidos da túnica limpa da mansidão, da benevolência, do serviço aos outros, da paz no coração, daquela própria dos filhos de Deus”.
 
Comentando o Evangelho no qual os discípulos estão com Jesus em um barco e de repente se levanta um forte vento, o Papa assinalou: “Quantas vezes pensamos que não iríamos conseguir! Ele está ao nosso lado, com a mão estendida e o coração aberto”.
 
A seguir, pediu aos fiéis que se perguntem: “Estou agarrado à rocha do amor de Deus e como vivo o amor de Deus. Pois sempre existe o risco de esquecer deste amor tão grande que o Senhor nos mostrou”.
 
“Também nós, cristãos, corremos o risco de deixar-nos paralisar pelo medo do futuro, buscando a certeza em coisas que passam ou em modelos de uma sociedade obtusa, que tende mais a excluir, que incluir”, advertiu o Santo Padre.
 
O Papa Francisco encorajou: “Sigam o exemplo dos Santos e Beatos desta cidade, eles viveram a alegria do Evangelho praticando a misericórdia”.
 
“Que o Espírito Santo nos ajude a sermos sempre conscientes deste amor “rochoso”, que nos torna capazes de não nos fechar, diante das dificuldades, mas de enfrentar a vida com coragem e encarar o futuro com esperança.
 
 
Fonte: ACI Digital

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